Após chuvas intensas, cerca de 200 pessoas ficam desalojadas em Natal

 


Cerca de 200 pessoas ficaram desalojadas, na Zona Norte de Natal, devido aos alagamentos em decorrência das fortes chuvas, na manhã desta quarta-feira (18). A estimativa tem como base um levantamento da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), segundo informou a secretária da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Samara Trigueiro.

As chuvas fortes que atingiram Natal na madrugada de terça-feira (17) até a manhã da quarta-feira (18) provocaram alagamentos, quedas de árvores e transtornos em diversos pontos da cidade. A capital potiguar registrou mais de 100 milímetros de chuva em apenas 24 horas, volume que representa mais de um terço da média esperada para todo o mês de junho, segundo informações divulgadas pela Emparn. Entre os locais mais afetados, a zona Norte teve destaque, com a Lagoa de Captação do José Sarney transbordando novamente, inundando casas e ruas, e a engorda da praia de Ponta Negra.

Wilson Feliciano, 79, que vive na área há 38 anos, contou que o medo das chuvas fortes é uma constante nos arredores da Lagoa de Captação do José Sarney. O caso mais recente que afetou e gerou prejuízos em imóveis na residência ocorreu em 2023. “A cada chuva forte, a água invade a casa, e a única opção é subir os móveis e esperar”, relatou. Para ele, as ações da Prefeitura, limitadas à limpeza das lagoas, não resolvem o problema estrutural, gerando temor durante qualquer período com chuvas mais intensas. Na residência, o prejuízo ainda é maior, já que também funciona um comércio.


Francisca Santana, que mora no bairro há 35 anos, compartilhou uma situação semelhante. A moradora, que teve a garagem invadida pelas águas recentemente, também destacou a precariedade das promessas de melhorias. “Sempre é assim. Dizem que vão melhorar, fazem alguma coisa, mas a cada chuva os alagamentos voltam”, afirmou. Segundo ela, o impacto das chuvas é devastador para as famílias da região, que constantemente enfrentam perdas materiais e danos estruturais nas casas. Mesmo cogitando se mudar para outra área, Francisca ainda não encontrou uma solução viável para abandonar a localidade.

Tribuna do Norte