Algumas pessoas, principalmente as mulheres após a menopausa, queixam-se de queimor na boca, sem causa aparente. Arde como pimenta. Às vezes melhora e às vezes piora. Por vezes, mesmo sem comer ou beber qualquer alimento, aparenta um gosto fantasma. E mesmo escovando os dentes, o gosto não desaparece.
Parece loucura? Não é. É um sintoma de muitas doenças, algumas tratáveis e outras que podem ser controladas. Assim, é preciso buscar o diagnóstico, pois pode haver uma causa. O primeiro passo é observar se há algum sinal, como vermelhidão, áreas esbranquiçadas ou secreções. As infecções orais, como periodontite, gengivite e candidíase, podem causar dor. Além disso, boca seca por si só causa queimação, podendo estar associada a medicamentos e outras doenças. Anemias, carências vitamínicas (vitamina B12), diabetes, doenças autoimunes, como a Síndrome de Sjogren e alergias, podem fazer a boca arder realmente. Por isso, é necessária uma avaliação cuidadosa, que inclui exames complementares, como os exames de sangue.
Nesses casos, o tratamento é específico, de acordo com a condição; quando a secura bucal acompanha a dor e persiste, hidrata-se a mucosa oral da forma que mais se adapte com o indivíduo.
Quando não se encontra nenhuma causa, atribui-se o nome de Síndrome da Ardência Bucal. Pode ser considerada como uma dor fantasma na língua. Como outras dores fantasmas, precisa frequentemente de medicamentos, mas com cuidado porque os medicamentos para a dor costumam agravar a secura bucal e piorar os sintomas. A acupuntura pode ser uma opção de tratamento, assim como o laser de baixa potência.
Infelizmente, é muito comum se ter um alívio parcial e a dor ainda persistir. O acompanhamento médico é essencial. A Síndrome da Ardência Bucal requer cuidados específicos e individualizados para melhor lidar com ela. Cada caso é um caso, apresentando fatores que pioram ou melhoram a dor e a variação frente aos diversos esquemas terapêuticos, de acordo com cada pessoa e o histórico dela. Na prática, é comum acontecer uma oscilação da dor e a redução da mesma, dependendo de como a pessoa enfrenta o problema.
Fonte-Blog da Karlinha