
Diversas marcas, vários formatos, vários sabores, coloridos, sem açúcar, recheado, docinho, salgado! Já parou para pensar em quantos tipos de gomas de mascar existem? Confira como elas surgiram, algumas curiosidades, a evolução e como e do que é feito o chiclete que você mastiga.
O nome chiclete vem do látex extraído de uma árvore chamada Chicle , também conhecida no Brasil como Sapoti. Além de produzir uma fruta comestível, parecida como uma ameixa, do tranco a seiva é extraída e filtrada para chegar à densidade correta para servir de base de produção da goma de mascar.
Como surgiu o chiclete
Há várias versões para a origem do produto e do hábito de mascar chicletes. Algumas indicam que começou na Grécia Antiga com a extração da seiva do Mastiche usada para limpar os dentes e eliminar o mau hálito. Outros historiadores afirmam que foi com os Maias, os primeiros exploradores do Chicle, que este costume teve início e depois foi incorporado pelos Astecas. Mas, a pré-história da goma de mascar como conhecemos iniciou-se em 1860 com o presidente e general mexicano Antonio López de Sant´Anna . Depois de perder uma batalha, ele foi exilado nos Estados Unidos e levou para lá uma mostra da resina extraída de uma árvore Chicle. Sabendo das propriedades do látex, ele o apresentou a Thomas Adams Jr , um empresário e inventor americano que fez a primeira tentativa de criar pastilhas criando pequenos bastões chamados de Maine Pure Spruce Gum. Não fez muito sucesso e, assim, ele aprimorou a invenção, adicionou licor e cortou os bastões em pequenas pastilhas elásticas. Foi um grande sucesso e, desse experimento, Thomaz começou a produção industrial do chiclete em 1872.
O aumento do consumo foi gigantesco a partir das duas grandes guerras e vários outros lugares do mundo passaram a produzir o chiclete substituindo a resina natural extraída de árvores por outras feitas a partir de borracha sintética também conhecida como poli-isobutileno. Às bases dessa goma foram misturados corantes diversos, vários outros tipos de açúcar e ampliou os experimentos com novos formatos e sabores.
O aumento do consumo foi gigantesco a partir das duas grandes guerras e vários outros lugares do mundo passaram a produzir o chiclete substituindo a resina natural extraída de árvores por outras feitas a partir de borracha sintética também conhecida como poli-isobutileno. Às bases dessa goma foram misturados corantes diversos, vários outros tipos de açúcar e ampliou os experimentos com novos formatos e sabores.
No Brasil, a fabricação começou em 1945 na cidade de Natal. Lá ficava a base militar americana durante a Segunda Guerra Mundial e com os soldados é que o produto chegou ao país e passou a ser produzido e comercializado.
Como é feito
No processo industrial, a resina natural é aquecida a 115°C até se tornar um xarope espesso que é filtrado, refinado e colocado num tanque de mistura. Em seguida, outros ingredientes como açúcar, xarope de milho, amaciantes e conservantes são adicionados. Depois de incorporada, a goma é resfriada e cortada em pedaços prontos para serem embalados e enviados para as lojas.
A resina natural é substituída hoje, na indústria, por borrachas sintéticas tratadas para serem comestíveis. Essas borrachas s ão feitas de uma mistura de elastômeros, resinas e ceras e tem como base o estireno- butadieno, o polietileno e acetato de polivinila .
Curiosidades
- Além dos mais conhecidos goma de mascar e chicle de goma, o chiclete também é chamado de pastilha elástica ou pastilha em Portugal e chuinga em países como Moçambique e Angola.
- O chiclete passou a ser popular depois que foi revelado que gomas de mascar eram usadas durante as Guerras como terapia para vítimas de estresse e para evitar o congelamento do maxilar dos soldados nas emboscadas noturnas.
- Ainda hoje o chiclete é recomendado pelos médicos em alguns tratamentos com ação de fisioterapia. Quando há inflamação dos músculos ou abertura limitada da boca (trismo muscular), o uso da goma é benéfico para minimizar o inchaço, fortalecer a musculatura bucal e recuperar os movimentos da mandíbula.
- Algumas escolas proíbem o chiclete em sala de aula. Um dos motivos é porque, além do barulho das bolas, o ato de mascar tira a concentração dos alunos. Outro motivo é higiênico. Geralmente, a goma mascada sempre vai parar grudada debaixo das carteiras.
- Em Cingapura, mascar ou consumir chiclete pode dar cadeia . Lá eles são obcecados por limpeza, principalmente nas vias públicas. E como asfalto e cimento não combinam com goma de mascar, é proibido vender o produto no país. E se alguém quiser tentar driblar a lei local, há câmeras em vários locais públicos que são rigorosamente monitorados para evitar que alguma goma suje as ruas ou seja vendida no comércio ilegal.
- É cientificamente comprovado que o chiclete faz uma limpeza superficial nos dentes e, por isso, melhora o mau hálito. Mas é um paliativo, não substitui a escovação e tratamentos de higiene bucal recomendados por dentistas.
- Além de ser sinônimo daquele som que fica na cabeça por muito tempo, o chiclete também serviu de inspiração para algumas bandas brasileiras. O Chiclete com Banana leva o nome do produto no nome e a goma de mascar é o tema da música "Chiclete" do Ultraje a Rigor, um dos grandes hits deles nos anos 80.
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